Confesso que tenho dentro de mim diversas *vozes guardadas.
Vozes que habitam o meu corpo,
Que habitam a minha alma.
Quando elas transbordam, não consigo detê-las, elas escorrem e me levam como a intensidade de um mar em um dia de ressaca.
Guardo por medo, medo de me encontrar e ver que aquela moça que um dia foi destemida, com olhos onde as estrelas habitavam, ainda continua a viver dentro de mim.
*Referência ao livro de Elisa Lucinda "Vozes Guardadas" (2016)
Por Ketty Valencio
Bibliotecária, proprietária da Livraria Africanidades, uma das pesquisadoras e criadoras do projeto "Mulheres de Palavra: retrato de mulheres do rap de SP", e uma das fundadoras do Mercado Negra.
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